Queimados sem carnaval pelo terceiro ano consecutivo

Carnaval dos blocos deve receber apoio do setor privado em Queimados

Alcione, Zeca Pagodinho, Thiaguinho, Mumuzinho, entre outros grandes ícones da Música Popular Brasileira já passaram pela cidade de Queimados que chegou a ter o seu carnaval conhecido como o melhor da Baixada pela grande imprensa, mas a crise que abalou o Estado do Rio nos últimos anos, fazendo-o decretar estado de calamidade pública este ano, afetou também as pequenas cidades, e o prefeito de Queimados, Carlos Vilela decretou essa semana que a cidade não terá aquela grande festa de carnaval com artistas famosos pelo terceiro ano consecutivo.
Este ano (2018) a folia ficou ainda mais comprometida e nem mesmo os cerca de 20 blocos carnavalescos terão aporte financeiro do poder público como ocorreu no ano anterior. Conta o secretário de Cultura e Turismo, Marcelo Lessa. “Em 2017, conseguimos garantir gradeados, banheiros químicos e até policiamento para que os blocos pudessem sair, mas este ano não poderemos garantir absolutamente nada, a não ser, claro, o fechamento das ruas para garantir a passagem dos blocos. No entanto, estamos correndo atrás de apoio do setor privado para os blocos e até essa sexta-feira teremos alguma resposta”. acrescentou.

Queimados é uma das poucas cidades da Baixada Fluminense que vem conseguindo cumprir contratos de prestação de serviços, manter a cidade limpa e os salários em dia, além dos programas de governo funcionando.
No entanto, mesmo com uma previsão de orçamento de mais de trezentos milhões, sendo cerca de 300 mil para a cultura, essa verba não poderá ser utilizada com este tipo de lazer, explica o secretário de cultura, Marcelo Lessa. “Temos vários projetos culturais para desenvolver na cidade, inclusive nossos cursos gratuitos oferecidos pelo CEU - PLaneta Futuro que beneficiaram mais de 2 mil jovens no último ano. Estes são projetos previstos para o nosso orçamento. As grandes festas vão precisar de grandes parceiros”, adiantou.
A Cultura de Queimados também conseguiu promover à duras penas, seu oitavo festival de teatro no último ano, seminários e projetos com foco no desenvolvimento do turismo, conta Lessa. “Estamos trabalhando para transformar nossa região em circuito cultural e para isso, precisamos preparar os nossos espaços com conforto e segurança, acima de tudo”, salientou.